segunda-feira, 27 de junho de 2011

Capitulo 12 - "Desconfiança"

Os colegas da Flávia andavam a desconfiar por a Rute andar a lanchar todos os dias, e resolveram fazer um plano para descobrir onde e a quem é que ela arranjava a comida.
Um dia no intervalo resolveram andar em cima de olho dela e repararam que ela estava a falar com a Flávia.
- Então trouxes-te e que te pedi? - pergunta-lhe.
- Não - responde-lhe a Flávia, abaixando a cabeça.
- O quê? Deixa ver mas é a tua mala - aproximando-se dela para lhe tirar a mala.
- Não - diz com mais firmeza, desviando-se dela.
- Como te atreves a falar assim comigo - diz furiosa - Pensas que sou o teu pai, que te abandona e mete-se com todas!
- O meu pai não se mete com todas.... - diz levantando a voz mas acabando por diminuir o tom.
- Tu não sabes garota! O teu pai era um chulo - à medida que falava, Flávia sentia-se com raiva por ela estar a falar assim do seu pai sem o conhecer.
- Cala-te! - interrompendo-a.- Tu não conheces o meu pai! - prenunciando cada palavra em voz alta.
Rute aproxima-se dela ....

Os colegas ao observarem aquela conversa, perceberam logo o que se passava, e ao verem a coragem da Flávia ao calar assim a Rute, deduziram que aquilo não ia correr bem e decidiram todos irem chamar a funcionária.

No bloco:
- D. Aurora, rápido, rápido.... lá atrás. - diz um dos colegas que vinha a correr quase sem fôlego.
- Que se passa? - pergunta a D.Aurora sem saber o porque daquela agitação toda.
- Uma colega ...  nossa... está ...  a ser ameaçada... - à medida que fazia breves pausas, tentava levar oxigénio para os pulmões inspirando pelo nariz.
- Quem? -  pergunta a Márcia que tinha saído da casa-de-banho e ao ver um colega da Flávia vir a correr tudo preocupado e mais uns tantos a trás dele a pedir ajuda à D.Aurora, ficou preocupada pois tinha um mau pressentimento por não ter encontrado a Flávia sentada no banco, onde costuma estar todos os intervalos, a ouvir música.
- A Flávia.... - diz o colega, já um pouco calmo, sentando-se numa cadeira para descansar.
- O quê? E não fizeram nada? - diz estupefacta pela reacções deles e sem esperar uma resposta, sai a correr do bloco e vai ao sitio onde se encontrava a amiga com alguém que bem não lhe queria fazer de certeza.

Será que a Márcia ia conseguir que este espectáculo acabasse?
Ou será que ia ser mais uma vítima da Rute?

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