sábado, 3 de setembro de 2011

Capitulo 17 - "Mistério [3ªpart.]

Depois de ter havido aquele fenómeno tudo, e alguns segundos de silêncio, mãe e filha continuavam a olhar uma para a outra.
- Bem - tentando quebrar o silêncio - Parece que a conversa vai ser grande.
- Pois talvez... - diz pensando noutros assuntos
- Então vamos para o meu quarto. - abrindo a porta
- E porquê no teu?- Pergunta Márcia logo de seguida, travando o movimento de Madalena.
- E porque não pode ser ? - olhando para a filha.
- E no meu? pode? - diz mais uma vez de seguida, deixando a mãe sem reacção.
Faz-se silêncio.

- Ó Filha - pondo a mão na cabeça pela conversa parva que estavam a ter. - É melhor irmos para a sala.
- Pois secalhar é melhor. - respondendo sempre de seguida, sem deixar um segundo que fosse de intervalo entre as falas das duas.
- Então ... - dizendo a palavra muito lentamente, como se esperasse alguma coisa.
- O quê? - diz Márcia sem se perceber o porquê daquele teatro todo.
- Anda rapariga. - Apontando com o dedo polegar para a porta da sala.
-- percebendo. - Estou a ir. - caminhando até à porta.

Flávia não estava bem disposta pois não queria que a mãe ralhasse com ela por não lhe ter dito nada sobre o que se tinha passado, pois Madalena não gostava de ser a última a saber das coisas.
Entraram na sal e Flávia sentou-se no sofá de 3 lugares, fazendo com que Madalena se senta ao seu lado. Fez-se silêncio durante um tempo até que Madalena decidiu quebrá-lo.
- Bem começo eu. - informando
- Ok .
- Então, eu queria perguntar-te ...
- Mas olha - interrompendo-a - Não me perguntes da situação. Como se passou e porquê não ter te dito nada. - Madalena ouvi-a. - Tive medo. - faz pausa para respirar fundo. - Era tudo novo e sentia-me revoltada pelo facto de já não estar com a Márcia. Não te sei explicar. Tive medo do que ela podia-me fazer, e eu não quero voltar a sentir o que senti. Não quero ser defendida nem protegida. - olha para a mãe.- Quero proteger-me e defender-me.
Madalena ao ouvir tais palavras de Flávia, não sabia o que havia de fazer. Ficou momentos a olhar para a filha e quando entrou em si, conseguiu concluir...


[Madalena]
Nem queria acreditar. Era impossível, tão impossível que eu nem tinha palavras. a maneira de como me contou o que sentiu soube-me bem, não pelo que lhe tinha acontecido mas sim de me ter contado como se fossemos amigas, e não de mãe para filha. Nunca pensei que viesse a falar tão abertamente com ela, pelos vistos consegui aquilo que eu nunca pensei que viesse acontecer.


- Queres-te defender?- perguntei-lhe para ter a certeza de que era mesmo aquilo que ela queria.
- Sim mãe quero! - diz com os olhos arregalados e com um sorriso indiscreto estampado no rosto. - Não quero sentir o que senti... foi horrível. - baixando a cabeça, o que me destronou o coração. Até que me lembrei da ideia que eu tinha tido e que batia certo com aquilo que ela queria.
- Se te queres defender - coloquei a minha mão no seu queixo que continha um sinal lindo fazendo com que levantasse a cabeça. - Tenho a solução. - fazendo com que ela soltasse um sorriso, desta vez bem visível no seu rosto.
- Agora parecias aquelas na publicidade.- Soltando uma ligeira gargalhada.
- Pois mas não. E não falo de comprimidos... - Cortei essa hipótese, só para lhe por mais curiosidade
- Ginásio? - Deu outra sugestão.
- Não. -neguei sorrindo.- Não fica muito longe dessa hipótese. Mas não, não é. - acenei com a cabeça negativamente.
- Então mãe o que é? - endireitando o corpo e o rosto, com que fez que os seus lindos olhos sobressaíssem. Não consegui resistir e quebrei o mistério.
- Boxe. - fiz pausa. - Vou te inscrever no boxe.



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