quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Capitulo 17 - "Mistério [2ªpart.]

Deixaram a Márcia na sua casa e seguiram caminho para a delas. Eram só mais uns 5 quarteirões que tinham de aguentar no carro ao som da cidade FM.
Quando chegaram, nem Flávia queria falar sobre o assunto, nem Madalena do que tinha acontecido e foram as duas para os seus quartos.
O quarto de Madalena tinha sido renovado. Teve a coragem e pensou que era impossível estar a insistir na pessoa que tanta amava, que não lhe tinha mandado nem respondido às cartas que ela enviara. Colocou todo o que ele tinha deixado lá em casa, dentro de uma caixa com uma etiqueta, para não confundir com as outras que se encontravam no sótão do prédio.
O seu quarto tinha um roupeiro com três portas de abrir. Uma delas continha um espelho, a sua mobília era branca e tinha uma secretária para poder fazer as suas coisas. A cama era a mesma, só que comprou novos lençóis e encostou a cama à parede o que fez com que ficasse só com uma mesinha de cabeceira. Ela dormia ao meio da cama para não sentir falta de ninguém, nem dele, o que muitas das vezes não resultava.

O quarto da Flávia também tinha mudado. Digamos que tinha um bliche de solteiro para as vezes em que a Márcia ía lá dormir e uma secretária nova com o seu computador.

E lá estavam as duas, Mãe e filha a desabafarem nos seus quartos.

[Madalena]
- Não isto não está nada bem. Mas o que é que faço?


[Flávia]                      
- Que clima no carro... Puxa. Ela vinha estranha. O que será que o director lhe disse?


[Madalena]
- Aquele director é um cara de pau... quer dizer eu também devia ter estado calada. Ai que nervos (aumentando o tom de voz, deitando-se na cama) Os homens são todos iguais.


[Flávia]                                         
- Bem ao menos de mim secalhar não falou... pelo menos para a deixar tão perturbada não. Mas como é que saberia o nome dela... Funcionária? ( Ri irónicamente) Impossível, ninguém ligou para lá, e muito menos bateram à porta... Então mensagem impossível.



[Madalena]
- Aquele director que não se atreva a ligar. Se eu dantes não ia às reuniões .... agora é que não meto mesmo lá os pés.


[Flávia]                                         
- Aquele quarto... Puxa. A Márcia de certeza que quer lá voltar... Mas eu? Não me parece. (pensa um pouco e sorri) Vá até que foi fixe aquela emoção.



[Madalena]
- Mas ... Ai Madalena, preocupa-te com a tua filha (tentando alertar-se a si própria)


[Flávia]                                         
- Só espero que a Rute tenha um castigo... Quer dizer... 


[Madalena]
- O que será que devo fazer nestas situações? Falar com ela? (pergunta-se) 


[Flávia]                                         
- Eu só me queria defender...



[Madalena]
- Não, não. (pensa um bocado) Já sei ( grita de êxtase)



[Flávia]                                         
- Bem o melhor ir falar com a minha mãe (dirigindo-se para a porta do seu quarto)


[Madalena]
- Tenho que lhe contar (diz toda entusiasmada) Eu sou um génio (elogiando-se como uma criança de 10 anos à medida que se dirigia para a sua porta)

Madalena e Flávia dirigiam-se à porta dos seus quartos, passaram para o corredor e quando ficam frente a frente, pronunciam-se as duas ao mesmo tempo.
- Preciso de falar contigo.

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