quinta-feira, 21 de julho de 2011

Capítulo 15 - "A curiosidade"

Os olhos de todos continuavam-se a fixar na porta. Cada vez se aproximava mais o barulho dos saltos altos, até que a pessoa bateu duas vezes à porta.
- Sim - diz o director com a sua voz rouca, e com os seus olhos fixados na porta.

A pessoa roda a maçaneta, abrindo a porta um pouco.
Primeiro viu-se uns cabelos ondulados castanhos a expreitarem, só depois se consegiui ver uns olhos esverdeados, e ouviou-se.
- É aqui.

Quando a pessoa vira as costas para fechar a porta, a Flávia já se tinha a percebido de quem se tratava. Aquela voz para ela era conhecida, muito, muito conhecida, mas só quando a pessoa se vira de frente para eles, é que o director se apercebe de quem se tratava.
- Madalena - diz ele ficando espectado a olhar para ela, deslumbrando com os olhos de cima a baixo.
- Dona Madalena - Corrige-o, dando uns passinhos em frente e inclinando o braço para se comprimentarem - Sou a mãe da Flávia. Lamento de nunca ter vindo às suas reuniões, mas sabe, o trabalho não permitia.
- Há sim, pois.- gaguejando.

Flávia estranhava a reacção do director. Não só a Flávia como a Márcia e a Rute também que teve de se pronunciar.
- Pa... Sr.Director - corrige-se com uma cara rude - Está bem? - mudando a faceta para preocupada.
- Estou - continuando a olhar para Madalena.
- Posso-me sentar? - pergunta-lhe 
- Pode sim. Claro que pode. Sente-se. - Diz um pouco atrapalhado, sentando-se também no seu cadeirão.
- Já sobe o que se passou. Importa-se de me explicar - Pediu-lhe ao mesmo tempo que cruzava a sua perna, colocando a mala em cima delas.
- Ah - um pouco embaraçado - Elas estavam agora a explicar ...
- Então o Director não sabia do que se passava - diz suspeita interrompendo-o
- Ah, digamos que ... - pensa um bocado e retoma a frase - Que hoje o caso agravou-se.
- Ai sim ... - continuando com a cara de quem não estava convencida.

O Director olha para as raparigas, tentando que elas falassem e confirmassem uma parte. A parte em que só hoje é que a situação se tinha agravado, pois ele saber do que se passava, isso não sabia.

- Meninas, importam-se de sair, se faz favor. -Pediu delicadamente Madalena, logo que reparou que o Director tentava comunicar com elas por olhar, pois o que ela queria mesmo saber era se o Director era sincero o suficiente para dizer a verdade.
- Sim - disse a Márcia, pegando no pulso da Flávia e levando-a em direcção à porta para saírem.
- E a menina, se faz favor - diz Madalena olhando para a Rute.
- Há sim. - responde um pouco insatisfeita.


A Flávia e a Márcia já se tinham retirado do escritório e sentaram-se num sofá que se entrava a uma pequena distância do escritório, à espera da Madalena, e viram a Rute. Ela olhou-as de lado, e continuou o seu caminho, nem para trás se limitou a olhar.

- A minha mãe estava estranha, não estava? - diz a Flávia, um pouco surpreendida pela atitude da mãe.
- Sim, realmente também notei.
- Foi estranho .... - diz um pouco pensativa.
- Pois foi. - faz uma pausa - E Vis-te como ela vinha vestida. Nunca vi a tua mãe de saltos altos, com uma saia preta um pouco acima do joelho e uma blusa branca por dentro. Não faz nada o estilo dela.
- Pois não. Mas ela estava linda. - sorrindo - Ela saltos altos usa. Mas já há muito tempo que não me lembrava de a ver assim. Parece uma empresária.
- Pois parece. Os saltos fazem-na mais alta.
- Mais alta do que já é.
- Deve ser para ficar da altura do director.
- Realmente. Ele é muito alto. - abanando a cabeça afirmativamente.
- 1.88
- Ah? - olhando para a Márcia, pois não tinha percebido.
- 1.88 - repete - 1.88 , é quanto mede o director - Esclarece.
- Ah... - entendendo-Agora já percebi. Mas puxa tanto...
- Ya - olhando para o relógio que se encontrava pendurado na parede da frente- A tua mãe está a demorar...
- Pois está. O que será que se passa lá dentro.
- Também não sei.
- Queres ir ... - fazendo gestos para a porta do escritório.
- hum... - percebendo aqueles sinais -  não sei se será boa ideia. - não ficando muito convencida.
- Ninguém vai saber- Tentando tranquilizá-la.
- Olha que não sei. E se aparece alguém?
- Se formos agora que não está ninguém... - Faz uma pausa-  Também é num instante.
- Hum... -pensa um pouco.
- Anda - levantando-se e pegando na mão da Márcia, tentando incentivá-la.
- Está bem.

Foram sorrateiramente em direcção à porta do escritório.
Caminham com as pontas dos dedos, olhando sempre à sua volta, até que alcançam a porta e colocam os seus ouvidos juntos à madeira castanha para poderem ouvirem algo.

3 comentários:

  1. Oie Oie !!!!! :p

    Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii :p , não me digas que o pai dela é o director da escola *_*

    Ela mereçe reencontrar o pai , e essa miúda que se mete com ela , ai ai , tem de pagar por isso :p


    Está excelente a fic :d

    http://luta-por-um-sonho.blogspot.com


    Beijinhos*

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  2. Wow, quero mais, quero ver o que vem daí :)
    Já sabes, continua :D

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